segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Informação obtida

Nas últimas aulas, eu e a Margarida procedemos á tradução de documentos  escritos em Inglês, facultados pelo investigador Jorge Palma, com o qual já nos encontrámos, nomeadamente na visita à faculdade de Faro. Os documentos que nos foram disponibilizados tratam os estudos realizados anteriormente aos cavalos-marinhos existentes na Ria Formosa por uma investigadora canadiana, Janelle Curtis.
A informação que irá ser agora apresenta foi seleccionada do texto, pois sendo o nosso trabalho algo mais simples, e os documentos apresentarem linguagem cientifica e técnica retirei apenas os conteúdos mais relevantes e essenciais para o nosso projecto.

Após a selecção e o tratamento da informação foi possível obter esta informação:

            Na Ria Formosa existe, duas espécies de cavalos-marinhos, a que se encontra em maior número é a Hipocampus guttulatus e a segunda é a Hipocampus hipocampus. Estas duas espécies têm diferenças entre si e respondem de diferentes maneiras às alterações ambientais.
            Podemos encontrar esta espécie na Ria Formosa, pois esta é composta por diversos factores benéficos que permitem a existência de cavalos-marinhos.

A distribuição dos cavalos-marinhos depende de vários factores, nomeadamente:
*      A salinidade da água;
*      Temperatura da água;
*      Qualidade do habitat, nomeadamente a abundância de algas e plantas marinhas;
*      Quantidade de alimento (plâncton, protozoários e pequenos crustáceos)

Os cavalos-marinhos preferem habitats compostos por micro e macro algas, plantas marinhas e microhabitats, como por exemplo holdfast (local onde habitam pequenos organismos) compostos por pequenas algas, plantas, alguns caules e troncos de pequenas dimensões, aí os cavalos-marinhos irão agarrar-se aos caules e plantas com as suas caudas e assim, conseguir enfrentar as correntes fortes da Ria e permanecerem no mesmo local.

Existem dois tipos de habitats a que os cavalos-marinhos se podem adequar, a espécie H. guttulatus prefere locais com maior biodiversidade; coberto de algas e plantas marinhas, já a espécie H. hippocampus opta por áreas mais livres; menos algas, apenas existindo microhabitats.
No entanto, é necessário que exista um equilíbrio entre estes dois exemplos, pois a espécie só conseguirá sobreviver nesse local se tiver algo a que se possa apoiar, como as plantas, porém se houver uma grande abundância de plantas marinhas, algas e por conseguinte outras seres que são seus predadores os cavalos-marinhos não irão conseguir persistir e poderá levar à extinção da espécie naquele local.
Pensa-se assim, que uma das principais causas do declínio de biodiversidade dos cavalos-marinhos seja a perda de habitat, quer por escassez e ou excesso de plantas marinhas, micro e macro algas na área.


As duas espécies apresentam comportamentos diferentes referentes ao modo de predação:
*      Os H. guttulatus têm um comportamento mais sedentário e preferem esperar que o alimento lhe apareça em frente para atacar
*      Os H. hippocampus são mas activos, ou seja, para obter o seu alimento nadam até ele. Existem até espécies que realizam emboscadas de grupo de modo a cercar a sua presa.

No entanto, estas duas espécies apresentam a característica do mimetismo, ou seja, os cavalos-marinhos da Ria Formosa conseguem camuflar-se de acordo com o local onde se encontram. Esta espécie de modo a confundir a sua presa e ou o seu predador, consegue mudar de cor rapidamente e imitar o comportamento e o movimento do que o rodeia, como por exemplo o ondular das algas. 
Normalmente os cavalos-marinhos apresentam variadas cores, nomeadamente algumas em tons florescentes, como por exemplo, vermelho, laranja, verde e amarelo. Estas cores, confundem-se com o meio, permitindo uma maior protecção à espécie, pois os predadores têm alguma dificuldade em detectar os cavalos-marinhos.

 

Durante a época de acasalamento…
… os cavalos-marinhos machos mudam de cor, normalmente encontram-se em tons escuros, claros ou intermédios de castanho ou verde, durante este período encontram-se em tons de branco-pérola brilhante.

… os cavalos-marinhos são monogâmicos e os mesmos começam a reproduzir-se com aproximadamente 1 ano de vida.
Esta espécie tem um período de vida de quatro anos a cinco anos e meio.

… existe um ritual de acasalamento em que o casal estabelece laços/ligações afectivas, durante três dias. O macho é que toma iniciativa, mas apenas a fêmea é que dá permissão à continuação da relação e posterior cópula.

… a fêmea demora aproximadamente três dias a preparar e libertar os seus ovos.

            … a espécie é influenciada por vários factores:
*      Estado de desenvolvimento do casal, ou seja,
*      O tamanho da bolsa do macho;
*      Local onde os ovos são produzidos e preparados para serem lançados.

Nota: Este texto poderá vir a sofrer alterações pois encontra-se em desenvolvimento.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ida à Universidade de Faro

       No passado dia 10, na sessão de segunda feira o nosso grupo de trabalho deslocou-se a Faro para ir ao encontro do investigador do Centro de Ciencias do Mar, Jorge Palma. Já no gabinete do Investigador, o mesmo comunicou-nos que nos levaria à Estação Experimental de apoio à investigação no Ramalhete, localizada na Ria Formosa, iríamos juntamente com mais um investigador do projecto dos Cavalos-Marinhos, Miguel Correia. Sendo assim, no Ramalhete (foto à direita) tivémos contacto directo com os Cavalos -Marinhos em cativeiro (foto à esquerda) e o seu habitat natural a Ria Formosa. Foi nos também explicado algumas características da espécie, como por exemplo, aquando a parada nupcial, o casal só realiza o acto sexual  depois de a fêmea dar permissão, ou seja, quando a mesma estica o seu focinho para cima  e de seguida o macho curva-se de modo a receber os ovos que a fêmea deposita na bolsa do macho para serem incubados. Nesta espécie o macho é que fica encarregue de "dar à luz". Outras caracteristicas foram-nos explicadas e também foi nos mostrado e dito quais as principais diferenças entre um cavalo marinho selvagem e um que vive em cativeiro, assim apresentaram-nos algum equipamento que é necessário para que seja facultado à espécie em cativeiro um ambiente semelhete ao natural, de modo a permitirem as mesmas condiçoes de vida ou até melhores.
     Depois de virmos do Ramalhete realizámos uma mini entrevista ao Investigador Jorge Palma onde ele nos respondeu a todas as dúvidas e perguntas sobre o tema e o projecto que está a ser desenvolvido pela esquipa de investigação. Penso assim que a ida a Faro foi fundamental ao desenvolvimento do nosso trabalho, pois os investigadores proporcionaram-nos informação, dados e testumunhos que serão utilizados no nosso projecto. Com esta visita fiquei mais motivada e tive consciência do que é necessário para realizar um projecto e o que este mesmo envolve para que seja obtido um bom resultado. Os investigadores foram muito simpáticos e mostraram-se sempre desponiveis para nos poderem ajudar no futuro. Assim, só temos a agradecer aos Investigadores Miguel e Jorge ( na foto a cima; da esquerda para a direita) pois foram um factor  chave no desenvolvimento do nosso projecto.