sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Habitat dos cavalos-marinhos

  Este informação foi encontrada no projecto Biomares que faz parte do CCMar, Centro de Ciências doMar, que é alojado na Universidade do Algarve. 
  Aquando da semana aberta da Universidade do Algarve, o projecto Biomares que tem como objectivo preservar e a recuperar a biodiversidade marinha, apresentou a crianças jogos e palestras. Assim, irei aqui dispor excertos da informação que o Biomares utilizou e que nos será muito útil  para podermos utilizar com as crianças.



Antes da informação ser apresentada é referido o respectivo site de onde foi retirada a informação, para uma observação mais detalhada.
                 





    PRADARIAS MARINHAS?

 
    Quando pensas numa pradaria, estás a pensar num campo cheio de ervas tenrinhas com algumas flores e, talvez, até com uns cordeirinhos a pastar. Mas... e se eu te disser que também há pradarias no mar?
Se calhar, vais pensar que estou a gozar contigo, mas não! Há mesmo pradarias marinhas!
    Se julgas que semelhante coisa só existe lá para os mares tropicais, estás muito enganado! Nas costas portuguesas, e principalmente em lagoas e estuários, também existem pradarias marinhas de plantas, como p. ex. a Zostera marina, a Zostera noltii e a Cymodocea nodosa. A espécie Cymodocea nodosa ao contrário das Zostera spp, tem plantas femininas e outras masculinas.
    (A espécie Cymodocea nodosa encontra-se no Algarve, na Ria Formosa, Ria de Alvor e são o habitat dos cavalos-marinhos, tema que se encontra em estudo pelo nosso grupo).

    QUAL O INTERESSE DAS PRADARIAS MARINHAS?
       As pradarias marinhas têm folhas relativamente grandes (as da Zostera marina podem ter 60 cm), assim estas plantas acabam por fazer diminuir a velocidade das correntes. Logo, estás mesmo a ver que as pradarias marinhas servem de abrigo e de alimento a centenas de animais, principalmente quando eles ainda são pequenos e têm de escapar dos predadores.
Assim, ali encontram-se vários cavalos-marinhos, peixes e crustáceos (caranguejos e outros) alguns que nos servem de alimento e outros que são comidos por espécies que nós depois pescamos. Portanto, em termos de biodiversidade e de recursos pesqueiros, estas zonas são muito importantes e devemos cuidar delas!
Também algumas aves marinhas gostam de debicar e comer estas plantas, pois são nutritivas e fornecem energia para a migração.
     A Cymodocea nodosa (sebas) é uma planta característica de águas mais quentes e a sua distribuição vai desde o Mediterrâneo, Ilha da Madeira, Ilhas Canárias, com o seu limite de distribuição sul no Senegal. O limite de distribuição no Atlântico Norte é o Estuário do Rio Sado. Esta espécie pode ser encontrada em zonas de águas pouco profundas como os estuários e lagoas costeiras e em zonas costeiras de mar aberto até aos 50 metros de profundidade como nas Ilhas Canárias e no Mediterrâneo.










http://www.ccmar.ualg.pt/biomares/_downloads/educar_no_mar_Pradarias_marinhas_2.pdf 
Jogo/Experiência para simular o efeito das âncoras e das correntes no fundo do mar

     Umas das ameaças que sofrem as ervas marinhas são as âncoras dos navios.
     Elas ficam no fundo do mar e as suas correntes, ao rodarem com os movimentos da água do mar, acabam por destruir estas plantas.

Material necessário:
* Um alguidar com areia dentro cheio até ao cimo;
* 10 Lápis ou pauzinhos enterrados na areia até 1/3;
* Uma corda grossa com uma pedra bem atada numa das pontas (a pedra que simboliza a âncora de um navio) e que vá do alguidar até à tua mão.

     Coloca o alguidar com areia no chão ou noutro sítio onde não haja problema se a areia cair ao chão.
     Coloca no meio do alguidar (ligeiramente enterrada na areia) a pedra da extremidade da corda.
     Agarra na outra extremidade de modo a que corda fique mais ou menos esticada.
     Depois, faz girar a corda em círculos tentado mexer também um pouco a pedra dentro da areia e vê o que acontece.
     Provavelmente, a corda vai girar e fazer os pauzinhos tombar sobre a areia. A corda remexe a parte de cima da areia tornando-a mais solta. Para além disso, a pedra vai também soltar a areia e talvez até alguma saia fora do alguidar. Pois bem, quando os barcos ancoram sobre zonas onde existem pradarias marinhas as âncoras, ao se moverem, e as correntes de metal, ao girarem, matam as ervas marinhas.
    Alguns investigadores descobriram que quando é destruído um pedaço de pradaria marinha, p. ex. devido às âncoras dos navios de recreio, com as correntes marinhas ou até com a ondulação provocada pelos barcos a motor, libertam-se sedimentos para as outras zonas, dificultando a sobrevivência das ervas marinhas que ficaram perto. Como sabes, nenhuma planta gosta de ficar com “pó” em cima das folhas (assim não conseguem apanhar sol suficiente e fazer a fotossíntese). Ora, é mais ou menos isso que acontece quando se destrói uma parte das pradarias marinhas e depois o mar leva a areia e a lama para cima das outras plantas!
     No Projecto Biomares construímos uns locais com umas bóias especiais para os barcos atracarem. Assim, não causam problemas à pradaria marinha que se pretende recuperar no mar da Arrábida.

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