sábado, 2 de abril de 2011

Elaboração dos jogos didácticos para os alunos da Escola Básica do Pontal

    Chegámos assim à fase prática do nosso trabalho!
    Como um dos nossos principais objectivos é sensibilizar a nossa comunidade, o nosso grupo decidiu iniciar esta sensibilização com as crianças, o futuro de hoje. Assim, após uma reunião com a professora  Eduarda, a professora da turma do 4ºano a quem vamos apresentar o nosso projecto, esclarecemos todas as nossas dúvidas, trocamos ideias e confirmaram-nos a autorização.
     Esta apresentação consiste na explicação acerca da morfologia, características e estilo de vida dos cavalos-marinhos e, como é dedicado a alunos do 4 ano decidimos realizar jogos didácticos elaborados por nós relacionados sobre a mesma temática.

      Ao longo das últimas aulas temos desenvolvido a elaboração dos mesmos jogos. Decidimos realizar 4 jogos e 1 experiência (foto 1) , que consiste em simular o efeito dos anzóís (foto 2) e das redes de pesca no fundo marinho. O material necessário à realização destes trabalhos prácticos foi-nos fornecido pela nossa escola, ESPAA, e pela Escola Básica do Pontal, contudo algum material foi adquirido pelos elementos do grupo.

Foto 1. Material necessário à realização da experiência


Foto 2. Efeito do anzól nas ervas marinhas

    Durante algumas sessões desenvolvemos os trabalhos práticos, quer manualmente (foto 3) quer por computador (foto 4). Eu desenvolvi e trabalhei maioritáriamente no computador, planificando e realizando os jogos em documento word.



Foto 3.
 
Foto 4.


    Na sessão do dia 28.03.11 concluímos a elaboração dos jogos e de seguida alguns elementos da nossa turma (foto 5)  e o professor João Raposo (foto 6)  testaram os mesmos.

Foto 6. Jogo "Encontra as palavras perdidas"

Foto 5. Jogo da memória




 

 

     Através destes "testes" prentendemos verificar e ter em atenção o grau de dificuldade exegido pelos jogos , de modo a que os mesmos sejam adquados aos alunos da Escola do Pontal. Assim, podemos detectar alguns erros e modificá-los. Decidimos também no final do dia da apresentação entregar aos alunos da prof. Eduarda diplomas de participação e realizar um pequeno lanche.
    
     Nota: A planificação destas aulas e das seguintes, acerca dos jogos a realizar, poderão vir a sofrer alterações.

   




domingo, 20 de fevereiro de 2011

Parque Natural da Ria Formosa

           Este é considerado Parque Natural porque além de apresentar um óbvio valor ecológico e científico, económico e social, tem como objectivos a protecção e a conservação do sistema lagunar, nomeadamente a flora e a fauna existentes.
Foi também conciliado a protecção do património natural e cultural e um desenvolvimento sócio – económico, como por exemplo, o apoio a actividades económicas tradicionais e outras desde que combatíveis com a utilização racional dos recursos: como a promoção de actividades de recreio, lazer e turismo.  
Assim, o Parque Natural apresenta um plano de ordenamento, designado por POPNRF. Este plano estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais do PNRF, com vista a garantir a manutenção e a valorização das características das paisagens naturais e a biodiversidade da respectiva área de intervenção. Implementa também uma estratégia integrada, coerente e de futuro para a Ria Formosa que assenta em 3 grandes objectivos — “zona costeira preservada, zona costeira vivida e zona costeira de recursos.”

          No âmbito da realização do nosso projecto o grupo considerou importante ter conhecimento da legislação em vigor no Parque Natural da Ria Formosa, pois é aqui que os cavalos-marinhos (espécie em estudo pelo grupo) se encontram habitados e estando a sua população a diminuir, gostaríamos de analisar se uma das causas do declínio da espécie possa ser a falta de cumprimento das leis existentes.
Assim, seleccionei algumas que achei mais importantes salientar:
Artigo 7º
Actos e actividades interditas
1.       Na área de intervenção do POPNRF é interdito o exercício de quaisquer actos e actividades que prejudiquem significativamente o ambiente e o equilíbrio natural dos ecossistemas.

2. Dentro dos limites do PNRF ficam ainda proibidos os seguintes actos e actividades:
a) A deposição de toda a classe de resíduos fora dos lugares para tal destinados;
b) Extracções de inertes em domínio hídrico.
e) A destruição de áreas de sapal;
 f) O aterro de zonas húmidas ou marinhas
 l) A prática de caça e apanha submarina no interior do espaço lagunar;
m) A instalação de habitações móveis (caravanas, autocaravanas, roulotes, entre outras);
n) A prática de campismo e caravanismo fora dos locais destinados a esse efeito;
o) Actividades lúdicas motorizadas que provoquem poluição ou deteriorem os valores naturais, designadamente moto-cross, veículos todo-o-terreno, esqui aquático, motonáutica e actividades similares;



Artigo 8º
Actos e actividades condicionada
1.       Sem prejuízo dos pareceres, autorizações ou aprovações legalmente ficam sujeitos a autorização ou parecer vinculativo do PNRF os seguintes actos e actividades:
       a) A captura de qualquer espécie de animal selvagem, excepto quando decorrente de actividades da pesca e outras actividades económicas devidamente regulamentadas;
                   k) O sobrevoo por aeronaves com motor abaixo dos 1000 pés, com excepção das acções decorrentes da vigilância, do combate a incêndios, das operações de salvamento, das actividades de defesa nacional ou da normal actividade do Aeroporto de Faro.


Artigo 20º
            Disposições específicas
1.     Nas áreas de protecção parcial de tipo I são interditas as seguintes actividades:
                a) Qualquer alteração no relevo e a destruição do coberto vegetal, incluindo o das áreas intertidais e subtidais;
                c) A apanha lúdica de peixes, moluscos e outros invertebrados, excepto a pesca lúdica nas praias marítimas.
2.     Nos canais incluídos em áreas de protecção parcial de tipo I, apenas é permitida a navegação de embarcações de pesca local, de apoio aos viveiros, de recreio não motorizadas, de fiscalização e emergência, ou outras autorizadas pelo PNRF.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Informação obtida

Nas últimas aulas, eu e a Margarida procedemos á tradução de documentos  escritos em Inglês, facultados pelo investigador Jorge Palma, com o qual já nos encontrámos, nomeadamente na visita à faculdade de Faro. Os documentos que nos foram disponibilizados tratam os estudos realizados anteriormente aos cavalos-marinhos existentes na Ria Formosa por uma investigadora canadiana, Janelle Curtis.
A informação que irá ser agora apresenta foi seleccionada do texto, pois sendo o nosso trabalho algo mais simples, e os documentos apresentarem linguagem cientifica e técnica retirei apenas os conteúdos mais relevantes e essenciais para o nosso projecto.

Após a selecção e o tratamento da informação foi possível obter esta informação:

            Na Ria Formosa existe, duas espécies de cavalos-marinhos, a que se encontra em maior número é a Hipocampus guttulatus e a segunda é a Hipocampus hipocampus. Estas duas espécies têm diferenças entre si e respondem de diferentes maneiras às alterações ambientais.
            Podemos encontrar esta espécie na Ria Formosa, pois esta é composta por diversos factores benéficos que permitem a existência de cavalos-marinhos.

A distribuição dos cavalos-marinhos depende de vários factores, nomeadamente:
*      A salinidade da água;
*      Temperatura da água;
*      Qualidade do habitat, nomeadamente a abundância de algas e plantas marinhas;
*      Quantidade de alimento (plâncton, protozoários e pequenos crustáceos)

Os cavalos-marinhos preferem habitats compostos por micro e macro algas, plantas marinhas e microhabitats, como por exemplo holdfast (local onde habitam pequenos organismos) compostos por pequenas algas, plantas, alguns caules e troncos de pequenas dimensões, aí os cavalos-marinhos irão agarrar-se aos caules e plantas com as suas caudas e assim, conseguir enfrentar as correntes fortes da Ria e permanecerem no mesmo local.

Existem dois tipos de habitats a que os cavalos-marinhos se podem adequar, a espécie H. guttulatus prefere locais com maior biodiversidade; coberto de algas e plantas marinhas, já a espécie H. hippocampus opta por áreas mais livres; menos algas, apenas existindo microhabitats.
No entanto, é necessário que exista um equilíbrio entre estes dois exemplos, pois a espécie só conseguirá sobreviver nesse local se tiver algo a que se possa apoiar, como as plantas, porém se houver uma grande abundância de plantas marinhas, algas e por conseguinte outras seres que são seus predadores os cavalos-marinhos não irão conseguir persistir e poderá levar à extinção da espécie naquele local.
Pensa-se assim, que uma das principais causas do declínio de biodiversidade dos cavalos-marinhos seja a perda de habitat, quer por escassez e ou excesso de plantas marinhas, micro e macro algas na área.


As duas espécies apresentam comportamentos diferentes referentes ao modo de predação:
*      Os H. guttulatus têm um comportamento mais sedentário e preferem esperar que o alimento lhe apareça em frente para atacar
*      Os H. hippocampus são mas activos, ou seja, para obter o seu alimento nadam até ele. Existem até espécies que realizam emboscadas de grupo de modo a cercar a sua presa.

No entanto, estas duas espécies apresentam a característica do mimetismo, ou seja, os cavalos-marinhos da Ria Formosa conseguem camuflar-se de acordo com o local onde se encontram. Esta espécie de modo a confundir a sua presa e ou o seu predador, consegue mudar de cor rapidamente e imitar o comportamento e o movimento do que o rodeia, como por exemplo o ondular das algas. 
Normalmente os cavalos-marinhos apresentam variadas cores, nomeadamente algumas em tons florescentes, como por exemplo, vermelho, laranja, verde e amarelo. Estas cores, confundem-se com o meio, permitindo uma maior protecção à espécie, pois os predadores têm alguma dificuldade em detectar os cavalos-marinhos.

 

Durante a época de acasalamento…
… os cavalos-marinhos machos mudam de cor, normalmente encontram-se em tons escuros, claros ou intermédios de castanho ou verde, durante este período encontram-se em tons de branco-pérola brilhante.

… os cavalos-marinhos são monogâmicos e os mesmos começam a reproduzir-se com aproximadamente 1 ano de vida.
Esta espécie tem um período de vida de quatro anos a cinco anos e meio.

… existe um ritual de acasalamento em que o casal estabelece laços/ligações afectivas, durante três dias. O macho é que toma iniciativa, mas apenas a fêmea é que dá permissão à continuação da relação e posterior cópula.

… a fêmea demora aproximadamente três dias a preparar e libertar os seus ovos.

            … a espécie é influenciada por vários factores:
*      Estado de desenvolvimento do casal, ou seja,
*      O tamanho da bolsa do macho;
*      Local onde os ovos são produzidos e preparados para serem lançados.

Nota: Este texto poderá vir a sofrer alterações pois encontra-se em desenvolvimento.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ida à Universidade de Faro

       No passado dia 10, na sessão de segunda feira o nosso grupo de trabalho deslocou-se a Faro para ir ao encontro do investigador do Centro de Ciencias do Mar, Jorge Palma. Já no gabinete do Investigador, o mesmo comunicou-nos que nos levaria à Estação Experimental de apoio à investigação no Ramalhete, localizada na Ria Formosa, iríamos juntamente com mais um investigador do projecto dos Cavalos-Marinhos, Miguel Correia. Sendo assim, no Ramalhete (foto à direita) tivémos contacto directo com os Cavalos -Marinhos em cativeiro (foto à esquerda) e o seu habitat natural a Ria Formosa. Foi nos também explicado algumas características da espécie, como por exemplo, aquando a parada nupcial, o casal só realiza o acto sexual  depois de a fêmea dar permissão, ou seja, quando a mesma estica o seu focinho para cima  e de seguida o macho curva-se de modo a receber os ovos que a fêmea deposita na bolsa do macho para serem incubados. Nesta espécie o macho é que fica encarregue de "dar à luz". Outras caracteristicas foram-nos explicadas e também foi nos mostrado e dito quais as principais diferenças entre um cavalo marinho selvagem e um que vive em cativeiro, assim apresentaram-nos algum equipamento que é necessário para que seja facultado à espécie em cativeiro um ambiente semelhete ao natural, de modo a permitirem as mesmas condiçoes de vida ou até melhores.
     Depois de virmos do Ramalhete realizámos uma mini entrevista ao Investigador Jorge Palma onde ele nos respondeu a todas as dúvidas e perguntas sobre o tema e o projecto que está a ser desenvolvido pela esquipa de investigação. Penso assim que a ida a Faro foi fundamental ao desenvolvimento do nosso trabalho, pois os investigadores proporcionaram-nos informação, dados e testumunhos que serão utilizados no nosso projecto. Com esta visita fiquei mais motivada e tive consciência do que é necessário para realizar um projecto e o que este mesmo envolve para que seja obtido um bom resultado. Os investigadores foram muito simpáticos e mostraram-se sempre desponiveis para nos poderem ajudar no futuro. Assim, só temos a agradecer aos Investigadores Miguel e Jorge ( na foto a cima; da esquerda para a direita) pois foram um factor  chave no desenvolvimento do nosso projecto.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Habitat dos cavalos-marinhos

  Este informação foi encontrada no projecto Biomares que faz parte do CCMar, Centro de Ciências doMar, que é alojado na Universidade do Algarve. 
  Aquando da semana aberta da Universidade do Algarve, o projecto Biomares que tem como objectivo preservar e a recuperar a biodiversidade marinha, apresentou a crianças jogos e palestras. Assim, irei aqui dispor excertos da informação que o Biomares utilizou e que nos será muito útil  para podermos utilizar com as crianças.



Antes da informação ser apresentada é referido o respectivo site de onde foi retirada a informação, para uma observação mais detalhada.
                 





    PRADARIAS MARINHAS?

 
    Quando pensas numa pradaria, estás a pensar num campo cheio de ervas tenrinhas com algumas flores e, talvez, até com uns cordeirinhos a pastar. Mas... e se eu te disser que também há pradarias no mar?
Se calhar, vais pensar que estou a gozar contigo, mas não! Há mesmo pradarias marinhas!
    Se julgas que semelhante coisa só existe lá para os mares tropicais, estás muito enganado! Nas costas portuguesas, e principalmente em lagoas e estuários, também existem pradarias marinhas de plantas, como p. ex. a Zostera marina, a Zostera noltii e a Cymodocea nodosa. A espécie Cymodocea nodosa ao contrário das Zostera spp, tem plantas femininas e outras masculinas.
    (A espécie Cymodocea nodosa encontra-se no Algarve, na Ria Formosa, Ria de Alvor e são o habitat dos cavalos-marinhos, tema que se encontra em estudo pelo nosso grupo).

    QUAL O INTERESSE DAS PRADARIAS MARINHAS?
       As pradarias marinhas têm folhas relativamente grandes (as da Zostera marina podem ter 60 cm), assim estas plantas acabam por fazer diminuir a velocidade das correntes. Logo, estás mesmo a ver que as pradarias marinhas servem de abrigo e de alimento a centenas de animais, principalmente quando eles ainda são pequenos e têm de escapar dos predadores.
Assim, ali encontram-se vários cavalos-marinhos, peixes e crustáceos (caranguejos e outros) alguns que nos servem de alimento e outros que são comidos por espécies que nós depois pescamos. Portanto, em termos de biodiversidade e de recursos pesqueiros, estas zonas são muito importantes e devemos cuidar delas!
Também algumas aves marinhas gostam de debicar e comer estas plantas, pois são nutritivas e fornecem energia para a migração.
     A Cymodocea nodosa (sebas) é uma planta característica de águas mais quentes e a sua distribuição vai desde o Mediterrâneo, Ilha da Madeira, Ilhas Canárias, com o seu limite de distribuição sul no Senegal. O limite de distribuição no Atlântico Norte é o Estuário do Rio Sado. Esta espécie pode ser encontrada em zonas de águas pouco profundas como os estuários e lagoas costeiras e em zonas costeiras de mar aberto até aos 50 metros de profundidade como nas Ilhas Canárias e no Mediterrâneo.










http://www.ccmar.ualg.pt/biomares/_downloads/educar_no_mar_Pradarias_marinhas_2.pdf 
Jogo/Experiência para simular o efeito das âncoras e das correntes no fundo do mar

     Umas das ameaças que sofrem as ervas marinhas são as âncoras dos navios.
     Elas ficam no fundo do mar e as suas correntes, ao rodarem com os movimentos da água do mar, acabam por destruir estas plantas.

Material necessário:
* Um alguidar com areia dentro cheio até ao cimo;
* 10 Lápis ou pauzinhos enterrados na areia até 1/3;
* Uma corda grossa com uma pedra bem atada numa das pontas (a pedra que simboliza a âncora de um navio) e que vá do alguidar até à tua mão.

     Coloca o alguidar com areia no chão ou noutro sítio onde não haja problema se a areia cair ao chão.
     Coloca no meio do alguidar (ligeiramente enterrada na areia) a pedra da extremidade da corda.
     Agarra na outra extremidade de modo a que corda fique mais ou menos esticada.
     Depois, faz girar a corda em círculos tentado mexer também um pouco a pedra dentro da areia e vê o que acontece.
     Provavelmente, a corda vai girar e fazer os pauzinhos tombar sobre a areia. A corda remexe a parte de cima da areia tornando-a mais solta. Para além disso, a pedra vai também soltar a areia e talvez até alguma saia fora do alguidar. Pois bem, quando os barcos ancoram sobre zonas onde existem pradarias marinhas as âncoras, ao se moverem, e as correntes de metal, ao girarem, matam as ervas marinhas.
    Alguns investigadores descobriram que quando é destruído um pedaço de pradaria marinha, p. ex. devido às âncoras dos navios de recreio, com as correntes marinhas ou até com a ondulação provocada pelos barcos a motor, libertam-se sedimentos para as outras zonas, dificultando a sobrevivência das ervas marinhas que ficaram perto. Como sabes, nenhuma planta gosta de ficar com “pó” em cima das folhas (assim não conseguem apanhar sol suficiente e fazer a fotossíntese). Ora, é mais ou menos isso que acontece quando se destrói uma parte das pradarias marinhas e depois o mar leva a areia e a lama para cima das outras plantas!
     No Projecto Biomares construímos uns locais com umas bóias especiais para os barcos atracarem. Assim, não causam problemas à pradaria marinha que se pretende recuperar no mar da Arrábida.